Me pergunto o que é que me faz querer comentar sobre esse mal que atinge muitas pessoas por aí... Vou descobrir isso ao longo do texto...
O primeiro pensamento que me veio é quando você espera demais por alguma coisa... Quando essa coisa depende só de mim, eu faço acontecer. Quando se espera algo de alguém, entram outras questões e é como dar um tiro no pé, pois criar expectativas sobre o cérebro ou coração de outra pessoa é o fim. É quase certeza que o que você espera nunca vai chegar...
Pensando melhor e um pouco além, acabo de lembrar que no ano passado uma pessoa reclamou pra mim dizendo que eu era “acelerada” com coisas da minha vida... Que eu não me importava em dormir pouco pra estudar, não me importava em ter pouco tempo livre e viver correndo pra dar conta de fazer tudo, que eu não me importava em abrir mão de coisas pela minha família... Não me importava em fazer alguns sacrifícios em prol de outras coisas... E que essa minha forma de viver incomodava demais e que não seria possível pra essa pessoa conviver com alguém como eu, pois ela gostava de coisas extremamente tranqüilas, adorava procrastinar... Adorava adiar tudo o que pudesse (e diga-se de passagem, ela adiava até o inadiável). Enfim, isso não vem ao caso, pois esse problema de convivência na verdade era um pouco de falta de respeito... Um pouco de falta de vontade...
Mas o que eu quero dizer com isso? É que eu acho que realmente eu tenho urgência de viver. Não tive adolescência praticamente... Minha adolescência foi muito fechada por me sentir muito diferente dos outros e por não ter irmãos. Isso fez com que eu me tornasse um tanto ‘nerd’ e sem amigos. Minha preocupação era arrumar um jeito de conseguir uma bolsa de estudos pra fazer uma faculdade e mudar minha realidade, dar um pouco de conforto à minha família... Acho que por tudo isso hoje eu tenho essa urgência. Quero fazer coisas que nunca fiz. Talvez a urgência seja porque os 30 estão chegando... rs Posso dizer que hoje sou uma pessoa independente, consegui muitas coisas que eu sonhava porque a maior parte delas dependia só do meu esforço.
A outra questão é que parte dos meus sonhos onde preciso da companhia de alguém, é e sempre foi muito desastroso... hahaha Sempre tive decepções por dar demais, esperar demais e nada chegar. Dizem que não devemos esperar nada de ninguém, mas acho isso tão estranho... Na minha humilde cabeça tem coisas que são tão básicas e as pessoas já não conseguem mais fazer como, por exemplo, dar atenção, responder e-mail, retornar uma ligação, ir ver alguém que já não vê há um tempo, ou até mesmo dar um abraço! O que será que há de tão errado que as pessoas não sabem ser no mínimo recíprocas? Será que é o fato do individualismo e egoísmo falarem mais alto? Deve ser falta de amor, ou não... Sinceramente eu não sei, mas é um tipo de coisa que sempre me incomodou demais.
Vendo um filme ontem (Waiting for forever), lembrei de quando eu era menina e tinha um puta de um amor platônico parecido com a história vivida no filme. Coisas inocentes, como ficar feliz apenas ao estar ao lado de alguém... Fica feliz por sentir o perfume de alguém... Ficar olhando de longe só pra ver o sorriso daquela pessoa que você gosta, ou então ouvir a voz da pessoa no telefone com voz de sono e ficar feliz da vida... São coisas que não vejo mais por aí e sinto falta, sabia? Hoje as pessoas não têm nada de inocente e gostam das coisas milimetricamente calculadas, mas meu, como é que a gente calcula o tanto que tem que gostar de alguém? Como é que a gente consegue medir a intensidade das coisas? Eu não sou assim e nem quero ser e esse é o motivo de já ter quebrado a cara tantas vezes... Acho que ser intenso assusta as pessoas. Já tentei não ser assim, mas quando se vive de um jeito “morno”, tudo é tão sem graça...
Para as pessoas que acham que o coração é uma máquina totalmente programável tudo parece simples... Chega um fulano e te fala que não ta a fim de nada sério, que só ta curtindo... Chega outro fulano e te fala que ta curando umas feridas, que precisa arrumar a bagunça do espantalho anterior... Mas as pessoas continuam carentes e não te deixam ir embora, ficam naquela história de “alimentar peixinho”, como dar atenção em doses homeopáticas sabe? Do tipo que quando percebe que a outra pessoa começa a perder o interesse, ela vai e fala algo bonitinho, ou faz algo que o outro espera só pra mantê-lo ali em stand by. Isso me causa medo. São experiências minhas, e experiências que meus amigos me contam... É algo que acontece por aí e se repete... Repete...
Não sei se é coisa da idade mesmo que nos faz perder parte da paciência, que nos torna mais exigentes... Só sei que eu ando exigente demais com os outros e muito menos exigente comigo. Mas eu explico... Menos exigente comigo porque por toda a minha vida me cobrei demais e agora eu quero viver de forma mais tranqüila, respeitando meus limites. Mais exigentes com os outros porque com o passar dos anos eu acho que sofri demais por gente que nunca mereceu, então se for pra sofrer agora, que seja com alguém que valha a pena. Já aprendi que pra alguém gostar de mim tenho que ser eu mesma e não o que a pessoa quer que eu seja... Isso é coisa que a idade e a maturidade trazem. Não preciso estar com alguém pra me sentir bem. Já aprendi a viver sozinha. E agora eu também já não me satisfaço com pouco...
Outro dia num papo cabeça com a minha mãe, reclamando das minhas experiências ruins, eu acabei brincando com ela e dizendo que se eu pudesse eu me namorava... Ela gargalhou, me chamou de linda e me deu um abraço gostoso (modéstia a parte, ela é uma fofa)... hahaha Aí eu até expliquei pra ela. Eu falei que achava que só eu mesma poderia me fazer feliz... Nunca achei alguém tão carinhoso, atencioso, esforçado e gente boa como eu... hahaha [A parte do “me achar tudo de bom” era brincadeira rs]
Enfim, já escrevi um monte de coisas para o tal “amor da minha vida”, mas como o coitado se perdeu por aí, ta tudo guardado... São tantos planos! Mas é evidente que toda essa minha vontade de dar um GPS pro “amor da minha vida” não se perder mais, me deixa ansiosa. Muito ansiosa... rs O lance de planejar muitas coisas e não vivê-las de fato me causa saudade. Maluco isso, né? “Sentir saudade do que não viveu”. Percebi isso já tem um tempo. Quem sabe um dia tudo isso seja realizado com alguém que realmente esteja disposto às mesmas coisas que eu? Acho que isso é carência mesmo, porque penso um monte de coisas e caio aqui de volta no mesmo assunto... hahaha
To numa fase extremamente sensível. Tanto é verdade que andei chorando no meu carro indo pra faculdade ouvindo uma música que me mandaram esses dias e achei linda... Ando escrevendo coisas e não mando pra quem tem que mandar... Sabe por quê? Por medo de ficar sem resposta de novo... hahaha Andei pensando que eu sempre me exponho demais. Isso me faz ser uma pessoa diferente... Mas por que só eu? Não... Diferente eu continuarei sendo mesmo, mas nem todo mundo precisa saber disso. Agora vai ser diferente. Reciprocidade ou nada feito. Então, está instituído: “Seja fofinho com quem é fofinho com você!” kkkk
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